Por Ivone Isabel Moser | Fisioterapeuta, Especialista em fisioterapia dermato funcional
Segundo Brody (1989), peeling químico consiste na aplicação sobre a pele, de um agente que destrói, descompacta as camadas superficiais da pele, podendo, até mesmo atingir as camadas mais profundas.
Até certo tempo atrás, considerava-se peelings químicos todas as substâncias que possuíam pH inferior ao da pele, transformando-a de levemente ácida a totalmente ácida, seguindo pela liberação de citocinas e mediadores da inflamação, resultando em melhora da condição histológica da epiderme, aumentando a quantidade do depósito de colágeno, bem como a reorganização dos elementos estruturais e redensificação do volume dérmico.
A profundidade que o procedimento vai alcançar depende do tipo de pele, tratamentos prévios já realizados, local anatômico, desengorduramento do manto hidro lipídico, técnica de aplicação, agente a ser utilizado entre outras variáveis. Assim, deixamos bem claro que qualquer classificação será sempre aproximada.
A substância química que utilizaremos pode variar sua composição. As características de estabilidade, penetração e toxicidade destas substancias são amplamente reconhecidas para a maioria dos agentes.
O tratamento compreende principalmente do controle desta ação que ocorrerá na epiderme e pela regeneração da pele através da derme papilar e seus apêndices. Infelizmente, em algumas circunstâncias, esta ação podemos perder o controle resultando em complicações complexas e seletivas para serem tratadas apenas com cosméticos, necessitando assim de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, anti-histamínicos e em certos casos até mesmo antibióticos. Apesar das condutas relacionadas com a rotina de um peeling, estas complicações podem ocorrer; e estão relacionadas com o agente queratolítico, local aplicado e a profundidade cutânea atingida.
Portanto é imperativo que os profissionais da estética que não possuem permissão para estes prescritores fiquem atentos para não cometerem erros no uso destas substancias, bem como na escolha das mesmas.
Em decorrência destas variáveis, não existem, na literatura, dados epidemiológicos precisos com relação a esta técnica.
A palavra peeling vem do inglês que significa tirar a pele, renovar o tecido. O uso de agentes cáusticos e/ou escarificadores para acelerar esta renovação resultam em uma injúria tecidual controlada de porções da epiderme/derme com posterior regeneração do tecido.
O domínio da estética e da cosmética, é reconhecido como a utilização de produtos tópicos, cosmecêuticos, e que atinjam somente até a junção derme epidérmica, portanto, sem destruição total do tecido.
Contudo, um novo conceito de Peeling vem se tornando cada vez mais utilizado e adotado mundialmente: “Peeling pode ser reconhecido como uma forma de normalizar o turnover e reestruturar a epiderme, bem como favorecer a reorganização reflexa da derme, porém para que isto aconteça, primeiramente irá ocorrer uma desestruturação parcial ou total da epiderme” (MOSER, 2018).
MOSER, I. Peeling: como eu faço. Midiograf II, 2018.
Há 38 anos, o verdadeiro instrumento de pesquisa e estudo dos profissionais diferenciados de saúde estética.
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