Shantala: Técnica hindu de estimulação para bebês

Laura Lagomarsino | Jornalista

Shantala, originária da índia, é uma técnica milenária de estimulação adequada e oportuna mediante massagens para bebês a partir do primeiro mês de vida. Na Índia este costume, tão antigo como profundo, transmite-se, naturalmente, de mães a filhas.

Foi descoberta quando uma mulher chamada Shantala encontrava-se sentada numa rua de Calcutá praticando uma massagem no seu bebê. Foi graças ao médico francês Frédéric Leboyer que a técnica começou a se estender no ocidente pelos seus benefícios.

 

Objetivos da prática

Basicamente, as massagens consistem em ajudar o bebê a transitar, do jeito mais suave possível, a passagem da vida intrauterina à vida fora do seio materno.

Durante nove meses, o bebê tem se aninhado no ventre da sua mãe, mexeu-se com a sua respiração, adormeceu com o som do seu coração e foi envolvido com o morno líquido amniótico.

Naquele lugar, tudo era satisfação, sentia-se -seguramente- cuidado e protegido, até que um dia a experiência do grande pulo à vida o estava chamando. Certamente não deve ter sido fácil percorrer um estreito canal de parto daquele mundo conhecido a este outro, totalmente novo, Cheio de sensações fortes e diferentes.

Estas massagens ajudam a suavizar esta transição.

Segundo a Prof. Claudia Fabiani, este método se baseia no restabelecimento do equilíbrio mediante o tato e trabalha tanto a parte mental como a física, estimulando o desenvolvimento psicomotriz.

Realiza-se alongamentos no corpo do bebê para que tonifique os seus músculos. O mais importante desta massagem é o contato emocional que surge a partir do tato entre pais e filhos. É um encontro entre dois seres que se comunicam a través do olhar, da voz e das mãos de quem o faz (habitualmente a mãe o o pai).  O bebê recebe -desta forma- alimento afetivo, já que como predica o Dr. Leboyer a sua barriguinha não necessita só de alimento, senão que toda a sua pele e o seu ser se encotram sedentos de amor e de carícias.

É importante saper que o Shantala, do mesmo jeito que as outras técnicas de masagem, mobiliza os sistemas do corpo e está contraindicado para bebês com quadros febris, cirurgías recentes, doenças e feridas.

 

Consulta

“Shantala: Uma arte tradicional. A massagem dos bebês”, Frédéric Leboyer. Editorial Edicial (2001).

Fotos: Archivo
Editorial: Novedades Estéticas

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